domingo, 24 de abril de 2011

A presença do psicólogo na escola

Realizo, desde abril de 2010, o trabalho de Psicologia Escolar itinerante. Isto significa que trabalho em cinco escolas. Meu trabalho não é tão aprofundado quanto na época em que mantinha-me fixa em apenas uma escola. Enfim, o que se perde em qualidade se ganham em quantidade. Exponho então como fazer os profissionais da escola se sentirem seguros com o trabalho de uma pessoa que vai à instituição uma vez por semana.

A primeira coisa que vocês devem pensar é a diferença que faz a presença constante de um psicólogo durante reuniões, aulas e conversas "informais". Neste caso estamos muito próximos, não há necessidade do professor se lembrar de algo que aconteceu há alguns dias para solicitar auxílio. Quando ocorre algo, o professor chamará o psicólogo imediatamente.

Como nós sabemos que os recursos para a educação são "escassos", a Secretaria de Educação onde trabalho disponibiliza os profissionais para várias escolas. Não estão de todo errados.

Enfim, resolvemos esta situação estando nas escolas o máximo que podemos. Assim, uma vez por semana estamos em cada uma de nossas escolas, como já havia dito. Esta presença não é vinculada a nenhum chamado, emergência ou vigilância. Vamos às escolas ficar disponíveis para o contato entre profissionais.

Infelizmente este tempo é muito pouco e é ainda mais reduzido pela exigência da burocracia. Sim, temos que elaborar relatórios específicos para cada criança atendida, relatórios quantitativos para as chefias perceberem como vão nossos atendimentos, relatórios para os médicos, psicólogos, fonoaudiólogos de outras instituições, anotações das atividades para controle interno. Aff!

Assim, ficamos felizes quando a escola briga conosco porque faltamos um dia. Isto significa que fazemos falta, que precisam de nós e que nosso trabalho faz alguma diferença.

Quem está se formando pode estranhar esta última informação. Mas eu estou aqui é para explicar! O psicólogo na escola deve mostrar como é o seu trabalho e se fazer necessário. Deve deixar claro que a psicologia escolar não é uma clínica dentro da escola. Isto dá um trabalho danado. Já temos postagens falando sobre este tema.

Esta é a motivação desta postagem: mesmo sendo psicóloga escolar itinerante, devemos estar presentes nas escolas. Nosso lugar não é distante, em nossa mesa, isoladas, analisando como podemos ser úteis. É disponilizar o conhecimento psicológico que temos e representamos estando próximas fisicamente das professoras e dos eventos escolares.

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