sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Detalhes de educação

Nossa sociedade tem nos disponibilizado uma quantidade muito grande de informações e de possibilidades. Necessitamos, pois, cada vez mais, fazer opções. Há opções também de educação e muitos pais se vêem perdidos em meio a elas.

Pessoalmente acredito que o excesso de opções que temos hoje está nos prejudicando.

Percebo, nos restaurantes e lojas, os pais oferecendo opções à crianças. Às vezes, as crianças são tão pequenas que mal sabem falar.

Pensemos juntos sobre o que é uma escolha: há pelo menos duas opções para que haja a possibilidade de escolha. Para efetuá-la é importante entendermos as consequencias que cada opção pode ter. Devemos então optar pela mais conveniente ou a que nos dá maior prazer ou que nos dará melhor benefício ou pela que é mais fácil... Acabo de mostrar que há critérios a serem cumpridos quanto a escolha.

Será que uma criança tem condições de realizar escolhas em todos os campos de sua ação?

Vamos a uma situação banal. Durante o almoço em um restaurante auto-serviço há trinta opções de pratos. Quais critérios podem ser adotados para se escolher a comida? E quais devem ser adotados? As cores, os nutrientes, os sabores, as combinações, o paladar próprio, as alergias que temos, os jogos de temperos...

No meu trabalho percebo as consequencias das crianças começarem a escolher tão prematuramente. Certa vez, uma mãe em atendimento, após ser ouvida, foi advertida de que quem deveria decidir era ela e o pai. Ela então, expressando surpresa, me disse: "É?". Até hoje me questiono se ela foi irônica ou não.

Tenho sido bastante radical em minhas orientações e os pais apresentam grande satisfação com os atendimentos indicando as mudanças de comportamentos de seus filhos e deles mesmos. Eu acredito que os adultos devem escolher até que os pequenos consigam fazê-lo com propriedade, mesmo que não saibam explicar cientificamente seus motivos.

A capacidade de escolha é algo crescente e depende, como apontado acima, da magnitude de seus efeitos. Elas vão aumentando conforme nos desenvolvemos e os pais devem assumí-las durante os primeiros anos dos filhos e ir cedendo lentamente para dar autonomia a eles.

A capacidade de fazer opções e arcar com elas é o que podemos designar como amadurecimento. As escolhas podem estar erradas ou certas, mas a responsabilidade por elas nos classifica como adultos. Senão, somos pessoas que trabalham e são comandados por outras, quais sejam nossos pais, conjuge, filhos, mídia, amigos.

Assim, os pais devem fazer as escolhas para os filhos e dizer NÃO a eles. As crianças preciso e querem isso. E quando forem solicitados pelos pequenos a lhes dar algo, se não acharem conveniente devem, sim, dizer: "não". E se questionados: "Não considero isto bom para você neste momento."

11000

Caras leitoras e leitores,
no dia 05 de janeiro visitei este blog e percebi que contava com 10.997 acessos. Por motivo de viagem de férias (oba!) não pude verificar quando atingimos a marca de 11.000 acessos. Acredito que ela tenha sido alcançada no dia 06 de janeiro. Informo ainda que desde o mês de dezembro meus acessos não são mais contabilizados. Assim, nossa contagem está mais fidedigna. Esta ferramenta foi disponibilizada pelo blogger em 2010 e assim que tive a informação, me submeti.
Como sempre alegro-me com a quantidade de acessos e agradeço aos/às frequentadore/as e amiga/os que lêem este blog.
Grata sempre,
Vicenza Capone